O moinho mágico é a adaptação de uma lenda muito popular na Noruega que nos conta porque é que a água do oceano é salgada. Talvez os seus filhos já tenham perguntado alguma vez porque é que a água do mar sabe a sal. Uma boa forma de lhes responder de forma criativa é através desta curiosa lenda. Depois terão tempo de aprender no futuro a explicação real.
De momento, vamos deixá-los sonhar acordados. Além disso, esta fantástica história vai ajudar os seus filhos a perceber a importância de não agir de forma orgulhosa e ambiciosa.
Conta a lenda que, há milhares de anos, vivia no norte da Europa um capitão que se divertia percorrendo o mundo com o seu barco e a sua tripulação, embora também gostasse de ganhar muito dinheiro a vender e a comprar produtos em muitos portos de diferentes países.
Certa vez o capitão ancorou num porto da Noruega e viu um enorme mercado cheio de peixe fresco, muito animado. Tal foi a sua admiração que decidiu aproximar-se para negociar.
Enquanto passeava pelo mercado, deu de caras com o homem de barba branca que vendia grandes blocos de sal e, como não eram muito caros, o orgulhoso marinheiro decidiu comprá-los todos.
O capitão pensava que esses blocos tão pesados podiam ser muito bem vendidos noutros países, e isso era a única coisa que lhe importava.
No entanto, nessa mesma noite, caiu uma tempestade muito forte que inundou o barco mas, por sorte, todos conseguiram chegar a uma pequena ilha e abrigarem-se até a tempestade passar. Nem imaginavam o que ali iam encontrar…
Enquanto andavam à procura de uma gruta no bosque da ilha descobriram um feiticeiro que estava a trabalhar com um estranho artefacto que triturava as pedras. A única coisa que tinha de dizer para que este se pusesse a funcionar era: “Mói que mói! Mói que mói! Mói que mói!”.
O capitão disse aos seus tripulantes para, quando o feiticeiro estivesse distraído, lhe roubarem esse curioso moinho. Então, no meio da noite, embarcaram de novo com a máquina e o capitão começou a pronunciar as palavras mágicas para triturar os blocos de sal que tinha comprado.
Passadas algumas horas, o porão do barco estava tão cheio de sal que não havia mais espaço para nada. O convés também já estaca repleto de finos grãos de sal e o moinho não deixava de triturar. O capitão não sabia quais as palavras que tinha de dizer para parar o artefacto, pois não tinha perguntado ao feiticeiro.
O barco começou a ficar tão pesado que se começou a afundar. Então todos os tripulantes decidiram saltar para a água e nadar, enquanto o enorme barco desaparecia nas profundas e escuras águas do oceano.
Conta a lenda que, ainda hoje, o moinho continua a triturar blocos de sal dentro do barco submerso…
(Site O Meu Bebe)